Antes de ser
Ainda é cedo, eu sei — mas tem algo em você que acalma, que toca sem encostar, que chega leve, e, sem pedir licença, começa morar em silêncio.
Eu o encontro nos detalhes: no jeito como ama, na forma doce e no cuidado, na ternura que escapa sem esforço, consigo imaginar o brilho que teus olhos soltam e nesse seu jeito de simplesmente ser, quem você é.
Não é sobre pressa, nem promessas, é sobre vontade — de estar perto, de ouvir tua gargalhada de verdade, de descobrir o teu mundo, sem mapa, sem medo.
Você traz algo raro, um desejo sincero, quase segredo (agora nem tanto assim): de te conhecer devagar, sem vírgulas ou desculpas. É algo bonito demais para não ser poesia.