Silêncio meu

Torno a oferecer-te menos do que pedias;

Custo a entender tuas angústias,

Tuas carências de afeto.

Custo a perceber quão importante

E quão sofrida és a cada dia.

Teu choro abafado na cama

Tem como testemunha somente os lençóis;

Tens o rosto molhado pelo pranto

Lavando minha culpa

Que brota todos os dias

No chão rasgado por indiferenças.

Na ânsia de mais um perdão

Recorro ao silêncio,

Meu derradeiro artifício

Que lanço mão para minimizar a dor.

Valter Pereira
Enviado por Valter Pereira em 24/01/2008
Código do texto: T831225
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