Café
Senti o amargo em meus lábios,
Amargo esse, teu amor,
Que quanto mais eu experimentava,
Mais amargava minha dor.
O café foi esfriando,
Como a conversa que a gente não teve.
Ficou ali, parado, clamando,
Enquanto eu desmoronando,
Gritava em silêncio.
E o cheiro foi-se com o vento,
A fumaça nunca existiu.
Por mais que eu esquentasse o café,
Ele continuaria frio, igual a você.
Mesmo que eu tome um gole,
O vazio escorre pela minha alma.
Um sentimento que o tempo não apaga,
Igual à tua ausência sem pausa.