Café

Senti o amargo em meus lábios,

Amargo esse, teu amor,

Que quanto mais eu experimentava,

Mais amargava minha dor.

O café foi esfriando,

Como a conversa que a gente não teve.

Ficou ali, parado, clamando,

Enquanto eu desmoronando,

Gritava em silêncio.

E o cheiro foi-se com o vento,

A fumaça nunca existiu.

Por mais que eu esquentasse o café,

Ele continuaria frio, igual a você.

Mesmo que eu tome um gole,

O vazio escorre pela minha alma.

Um sentimento que o tempo não apaga,

Igual à tua ausência sem pausa.

Ecos da poesia
Enviado por Ecos da poesia em 10/04/2025
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