GIULIA

Teu semblante resgata o tempo,

E devolve a plena consciência da sacralidade,

Que faz-me intrigar-me de certa maneira,

Sobre como são os luzeiros de teus olhares.

Os feitiços com que transborda-me,

São verdadeiros aceites para alma,

Uma vez que ela vê-te sem entender-te.

A “estudante de nutrição” que me aprisiona.

És, ligeiramente o “anjo loiro”,

A qual nutre-me em verbetes e,

Com suas longas asas invisíveis,

Voas para além do meu ser complexo.

Surpreenderias-me se eu ouvi tua voz,

Ecoando dentro do meu refúgio não tão inocente?!

Acredito que sua delicadeza é-me envolvente,

Que demasiadamente, penso em datilografar-te!

Sim, esse meio antigo,

Mas que não há mais vestígio,

De existência nessa época nossa,

No entanto, ainda posso fazer uso,

Da missiva e envia-lhe se quiseres,

Para que possas lê-la e deleita-la em sua mente.

Dai-me um minuto seu,

Corriqueiro mesmo, que puderes?

Só para enfeitá-la de versos eruditos,

Que declamar-te-iam diante das rosas.

E na minha intrépida alusão de ausência,

De qualquer coisa que não tenham luminescência,

Tu és o navegar dos sonhos a perpetua-se,

Pelos sentimentos alados que trazes-me,

Na sublimidade de seus nobres traços,

Cedido a mim, para que possa de antemão,

Vivenciar-te, Giulia, pelos séculos ininterruptos.

Poema n.3.165/ n.36 de 2025.

Ricardo Oliveira (Poeta e Escritor)
Enviado por Ricardo Oliveira (Poeta e Escritor) em 31/03/2025
Código do texto: T8298476
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2025. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.