GIULIA
Teu semblante resgata o tempo,
E devolve a plena consciência da sacralidade,
Que faz-me intrigar-me de certa maneira,
Sobre como são os luzeiros de teus olhares.
Os feitiços com que transborda-me,
São verdadeiros aceites para alma,
Uma vez que ela vê-te sem entender-te.
A “estudante de nutrição” que me aprisiona.
És, ligeiramente o “anjo loiro”,
A qual nutre-me em verbetes e,
Com suas longas asas invisíveis,
Voas para além do meu ser complexo.
Surpreenderias-me se eu ouvi tua voz,
Ecoando dentro do meu refúgio não tão inocente?!
Acredito que sua delicadeza é-me envolvente,
Que demasiadamente, penso em datilografar-te!
Sim, esse meio antigo,
Mas que não há mais vestígio,
De existência nessa época nossa,
No entanto, ainda posso fazer uso,
Da missiva e envia-lhe se quiseres,
Para que possas lê-la e deleita-la em sua mente.
Dai-me um minuto seu,
Corriqueiro mesmo, que puderes?
Só para enfeitá-la de versos eruditos,
Que declamar-te-iam diante das rosas.
E na minha intrépida alusão de ausência,
De qualquer coisa que não tenham luminescência,
Tu és o navegar dos sonhos a perpetua-se,
Pelos sentimentos alados que trazes-me,
Na sublimidade de seus nobres traços,
Cedido a mim, para que possa de antemão,
Vivenciar-te, Giulia, pelos séculos ininterruptos.
Poema n.3.165/ n.36 de 2025.