Chuva silenciosa

Na manhã chuvosa, sinto

o gélido ar soprar em minha alma.

Um arrepio percorre minha pele,

e o desespero em meu ser se paira.

Cada gota que escorre ao meio-fio

desenha a minha dor,

levando-me a um vazio

de um céu cinzento, sem cor.

O cheiro de terra molhada

traz-me lembranças suas,

memórias enferrujadas,

verdades nuas e cruas.

Teu nome ecoa nos ventos,

um silêncio que nunca cessou,

a dor de um sentimento

que nem o tempo apagou.

Ecos da poesia
Enviado por Ecos da poesia em 29/03/2025
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