Chuva silenciosa
Na manhã chuvosa, sinto
o gélido ar soprar em minha alma.
Um arrepio percorre minha pele,
e o desespero em meu ser se paira.
Cada gota que escorre ao meio-fio
desenha a minha dor,
levando-me a um vazio
de um céu cinzento, sem cor.
O cheiro de terra molhada
traz-me lembranças suas,
memórias enferrujadas,
verdades nuas e cruas.
Teu nome ecoa nos ventos,
um silêncio que nunca cessou,
a dor de um sentimento
que nem o tempo apagou.