Afetada pelo proibido
Lembro daquela tarde
Que tímida ao meu lado, acuada em si
Com medo, receio de dizer o que lhe vai n'alma
Sedenta pela possibilidade de viver o impensado
Se pega embotada
Fechada em seu casulo e com medo de voar
Voar no imenso mar de emoções
e aí, em seu peito,
sobe um furor de emoção
Ansiosa, maliciosa, dengosa...
Se diz não afetiva
Mas não se permite adentrar em si mesma
Louca para viver o impensado
Foge de si mesma...
E aqui ao seu lado sinto sua vibração
E tudo que lhe vai na alma
E o desejo de se provar
E um nó, me vem na garganta
E querendo explodir
Me contenho
Pois sei o limite necessário....
Para aguardar você olhar no espelho
E ver a coragem
De me deixar dedilhar
Cada canto dessa delicada casa
E seu cheiro cheirar
E sua pele tocar
E seu beijo provar.