Sonho do meu eu Ícaro
Fecho os olhos e me vejo Ícaro
Voando por sobre teu corpo
Dedilhando suas curvas
Sentindo tua pele
Mordendo tua carne
Mergulho no infindo negror
Dos teus olhos
Entro em transe
Minha vida entrelaça
Em teus cabelos
E trago tua boca junto a minha
Deixo minhas mãos
Caírem por teus ombros
Chegando até os seios
Onde faço carícias
Sinto-os pulsando
Permito-me beijá-los
Sinto em meus lábios
Gotículas de suor sabor de mel
Provindas dos poros de teus seios
Faço a carícia mais profunda existente
Onde dois corpos tornam-se um
Minhas pernas trançadas as tuas
Fazem força para suportar
A dádiva divina
Até que nossos órgãos mais íntimos
Explodem de prazer
Ouço tua voz ofegante
Que extasiadamente diz:
– Mais!
Então acordo
Te vejo em minha frente
Percebo que foi sonho.
Sonho meu,
Do meu eu,
Ícaro.