O Vírus do Amor
O Vírus do Amor
Quem dera que o Amor
Fosse como um vírus...
Um vírus bem teimoso
E metamorfósico.
Que contagiasse a qualquer corpo,
Não escolhesse criatura,
Se adaptasse a qualquer clima,
Ambiente ou temperatura.
Eu faria questão
De ser contaminada
E que esse vírus, então,
Se alojasse em meu coração.
E enquanto tivesse vida
Ou força para prosseguir,
Iria a todos os lugares,
Terras, ares, desertos, mares,
Montanhas, vales,
Metrópolis, lagares...
Só para te tocar
E te contagiar.
Ah! Eu não iria morrer sozinha
Com o peito cheio de dor e poesia
Que aos poucos me mata,
Nem sei se de tristeza ou Alegria.
Só sei que arde e faz coceguinhas,
Faz-me sorrir e também chorar,
Alivia-me a tensão do dia à dia,
Desejo e Paixão, faz em mim, aflorar.
Ah, não! O vírus do Amor não mata.
Para todas as outras enfermidades
Ele é a cura,
Seja para o ego inflado ou a amargura.
E para não morrer de dor,
Terapia,
Combatemos a agonia
Com uma dose de Poesia.
Ah! O vírus adora isso
E vai se fortalecendo
E Quando, de Amor
Estiveres morrendo,
Podes crer,
Estarás Vivendo.
27/03/2020