Cântico de amor
Tenho nas mãos um fio de vento,
trançado em névoa, tecido em tempo,
como um segredo que ninguém vê.
Tenho nos olhos a cor das tardes,
onde se escondem os meus anseios,
onde o silêncio canta por mim.
E o amor, sombra ou claridade,
é um nome doce que a brisa inventa,
e que me chama sem me prender.
Passa por mim, feito um suspiro,
deixa em minha pele o arrepio,
e segue o rumo que não tem fim.