DECIFRANDO CÓDIGOS

Na luz do ocaso, quando o dia finda,

Teus olhos guardam um enigma obscuro,

Como a lua que escreve, em tom seguro,

Seus segredos na sombra mais infinda.

Nas pétalas da rosa que se desfaz,

No véu do tempo, há um suspiro puro:

Cada espinho é um verso, breve e duro,

Que no silêncio do jardim se refaz.

Observa o voo das aves no horizonte,

Elas traçam sinais que o céu não apaga:

Um mapa, um farol que alumia o monte.

Na brisa, ouve a mensagem que se alonga

Código do amor, que em ti se prolonga,

Morse das estrelas... que a intenção insinua.