SOPROC SETNESUA
os corpos
Já não bailam
Na dikanza que desfila cama
No ritmo de vai-i-vem Kalandula
Debaixo do Nzenzo
os dedos
Já não percorrem curvas da Leba
Serra caminho que leva ao Éden
Entre o triângulo da perdição
Que há em ti
as mãos
Já não desfilam teus cabelos Mayombe
Ausente dos gemidos
Longe do coco cilíndrico deserto
Namibe
Bate-se um Npungu
A-Ndongo abraça Casengo da procriação
[– Neste ritmo, há ausência de amor]
Lwanda, 30/05/2021 * 10h:20 p.m. – in Em versos