Buraco Negro
Não se sabe se dia ou noite, se tarde ou madrugada.
Não se sabe se frio ou quente, morno ou escaldante.
Sabe-se só e temerosa, antes triste, hoje amada.
Sabe-se envolvente, fiel, devotada e apaixonante.
De um lado uma luz, do outro... Escuridão.
Uma força imensa que carrega pro tudo... Pro nada, em vão!
Ora dor, ora amor.
Lágrimas escorrendo de uma face cheia de dor.
Boca salivando de mel, aquele mesmo da flor.
Buracos no chão... Buracos no céu.
Fendas imensas na mente... Crateras no coração.
(SP/09/10/2005)