SERENATA DO CANTADOR

Em noites de luar, caminho sozinho,

Levando no peito um canto calado.

A lua ilumina um destino mesquinho,

De quem ama o eco de um tempo passado.

Meu coração pulsa em acordes dispersos,

Um piano trêmulo sem maestro ou partitura.

Cada compasso se perde em tolos versos,

Que escrevo ao vento, sem assinatura.

O vento sussurra seu nome em segredo,

Mas já não sei se ele ainda te alcança.

O amor é um sopro, um breve enredo,

Que um dia me aquece e depois se cansa.

Nos campos da vida, entre lutas e glórias,

Te vejo ao longe, em memórias gastas.

Na melodia que embala histórias,

Seu rastro insiste, mas já não basta.

Ó musa ausente, quem te inspira agora?

Em que braços entregas teu sonho e alegria?

Mesmo distante, seu riso me ancora,

E canto em silêncio… pois é tudo o que eu queria

Paulo Siuves
Enviado por Paulo Siuves em 17/02/2025
Código do texto: T8267117
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