NOITE MAGISTRAL






Foi numa noite azul...

Que minha alma etérea se perdeu trêmula
E fugiram todas as minhas melancolias
Fantasmagórica.
Meus olhos soltos pela imensidade contemplaram
A tua silhueta.
A lua transmutava as cordilheiras...
Um aroma de jasmins delirantes exalava pelo leito nupcial
E o meu sentimento inquieto, oculto e aterrado no peito.

Foi numa noite antiga...

Que tu atravessastes o silencio escuro da madrugada
E no meu ser hospedastes.

Foi numa noite magistral

Que tu surgistes como um colibri brilhante
E desvirginou-me
Bebeu o meu mel e aspirou meu perfume pueril
De meu corpo fizestes o teu repouso absoluto.

Foi numa noite frondosa...
Que tu entrastes em meus lençóis
E entre lágrimas lunares e beijos noturnal
Que tu te entregastes.

Eu ainda era um pobre casto.