Eterna chama do amor

Na calma noite, onde o vento murmura,

Teu nome ecoa em doce melodia,

És luz que brilha na sombra escura,

Sol de minha aurora, estrela do dia.

Teu riso é fonte que em sonho flui,

Riacho manso, canção serena,

Que em meu peito, febril, dilui

Toda a dor que a vida envena.

Teu olhar, jardim de lume e brisa,

Desperta em mim devota prece,

E cada palavra que tua boca pisa

É verso eterno que em mim floresce.

Oh, doce amada, musa e lume,

Na vastidão do meu sentir,

Se há nos céus divino cume,

É em teus braços que hei de ir.

Teu toque é chama, brasa ardente,

Que inflama a alma, que queima o medo,

E ao menor roçar de tua quente

Mão, meu ser se torna enredo.

Se o tempo ousasse roubar-te um dia,

Fosse o mundo deserto e frio,

Ainda assim, na sombra vazia,

Serias chama em meu peito vazio.

Que venha o vento, que o tempo corra,

Que a terra afunde, que o céu desabe,

Mas nunca este amor se dobra ou morra,

Pois mesmo em cinzas, em mim te sabe.

E se um dia o fim vier sorrateiro,

E a vida apagar meu último ardor,

Teu nome há de ser eternizado

No sagrado templo do meu amor.

Gustavo Salesse
Enviado por Gustavo Salesse em 13/02/2025
Código do texto: T8263552
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2025. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.