BALADA AO AMOR DISTANTE
BALADA AO AMOR DISTANTE
J.B.Xavier
Baila o sol sobre a púrpura da tarde,
Acenando um adeus esperançoso às nuvens,
Enquanto o vento acaricia o mar,
Enfeitando-o de rendas mágicas, à luz do poente...
Sei-te em algum lugar ensolarado, onde a magia
Te fará lembrar do orvalho sob os pés
Quando percorríamos os caminhos iluminados
À luz das manhãs douradas, e da nossa poesia...
Sei-te entre tuas iguais, as estrelas,
Caminhando ainda onde a relva segue orvalhada
Seja nas manhãs, ou nas noites enluaradas
Sei-te a sorrir por entre versos e ocasos...
Sei-te em pensamentos pelos deuses abençoados,
Onde segues a trilha que tanto trilhamos,
Na fímbria do mar, a caminhar entre rendas de espumas,
Sei-te pelos mesmos lugares que um dia nos amamos...
Sei-te em companhia das pérolas brilhantes
Em que tuas lágrimas se transformam, quando lembras,
Enquanto segues nessa espera de gentis angústias
Ao encontro de nosso próximo encontro...
Sei-te a chamar pelo amor que um dia desfrutaste
Em ilhas distantes, onde te deslumbravas contente
Enquanto sentias o vento trazendo-te tudo o que chamaste
À luz mágica de distantes praias, entre as espumas do poente...
* * *