A MUSA

um bem querer

no enredo

elipse nas manhãs

enfeita os versos

partitura profana

no meu café

içando um conto

perigo ver o signo

vai que bate com o meu santo

 

veio à vida anunciada

caio todos os dias

no charme

no desfiladeiro do lindo corpo

nos cômodos da blusa

nos sintéticos colares

 

é figura que despeja

graça

escapadas a pensamentos abstratos

que os beijos chegam antes de mim

por aqui lidando

com os meus cavalos

 

na carona da beleza

um sujeito explícito

assolado pelos olhares

versa seus poemas sorri a musa sem fim

Cícero Bizzuka
Enviado por Cícero Bizzuka em 02/02/2025
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