A MUSA
um bem querer
no enredo
elipse nas manhãs
enfeita os versos
partitura profana
no meu café
içando um conto
perigo ver o signo
vai que bate com o meu santo
veio à vida anunciada
caio todos os dias
no charme
no desfiladeiro do lindo corpo
nos cômodos da blusa
nos sintéticos colares
é figura que despeja
graça
escapadas a pensamentos abstratos
que os beijos chegam antes de mim
por aqui lidando
com os meus cavalos
na carona da beleza
um sujeito explícito
assolado pelos olhares
versa seus poemas sorri a musa sem fim