Enjaulada

Ao cantar do pássaro solitário

Sobre passos

Da insônia repentina

Observo-te a meu lado

Do teu corpo seminu

Tento me aproximar

Sinto a tua respiração acelerar

Mas contida, como gata selvagem.

Enjaulada pela raiva do meu ser

Afasta-se!

Foge de mim como uma presa

Que foge do teu caçador.

Como bom caçador

Não aceito teu desprezo.

Vou a ti, enfrento meus medos.

Percorro teu corpo

Quero teu mel

Forço teus beijos.

Relutas

Minha mão te explora

Tu gemes!

Um sinal

Uma chance

Nova investida

Um afago

A entrega

Cessa a luta.

Cubro-te

Do meu ser

O pássaro solitário

Silencia-se

Não mais canta.

Só escuta a nossa música.

Eu te invado

Tu deliras.

Eu me embriago

Do teu mel.

Não a caça

Não a caçador

Só a entrega

Da vitória do amor

Sem derrotas.

EDU
Enviado por EDU em 20/01/2008
Código do texto: T825295