Enjaulada
Ao cantar do pássaro solitário
Sobre passos
Da insônia repentina
Observo-te a meu lado
Do teu corpo seminu
Tento me aproximar
Sinto a tua respiração acelerar
Mas contida, como gata selvagem.
Enjaulada pela raiva do meu ser
Afasta-se!
Foge de mim como uma presa
Que foge do teu caçador.
Como bom caçador
Não aceito teu desprezo.
Vou a ti, enfrento meus medos.
Percorro teu corpo
Quero teu mel
Forço teus beijos.
Relutas
Minha mão te explora
Tu gemes!
Um sinal
Uma chance
Nova investida
Um afago
A entrega
Cessa a luta.
Cubro-te
Do meu ser
O pássaro solitário
Silencia-se
Não mais canta.
Só escuta a nossa música.
Eu te invado
Tu deliras.
Eu me embriago
Do teu mel.
Não a caça
Não a caçador
Só a entrega
Da vitória do amor
Sem derrotas.