Minha narrativa

Ah, essa viração da tarde,

enchendo o ar de doces murmúrios,

nesse tempo transparente, seco e sussurrante!

Faz-me pensar, enquanto o vento da noite se assoma.

Obscuras, difusas, entrecortadas pausas e reticências,

se confundem em minhas lembranças e meu cansaço.

Ondeando por aí esses mares e essas brisas,

levam meus sonhos e essa vaga obscura tristeza.

Dei-me por mim, cantando os amores de todos os versos,

enquanto a lua baldeava, com sua luz misteriosa,

os tristonhos murmúrios da mata e esse meu descaminho.

Imprudente, teimava em pensar nas nossas imprudências.

Anoiteceu lentamente trazendo vagas reminiscências.

Aqui nesse silêncio hostil, construía minhas prosas.

Em um lugarejo triste essa paz aparente, me angustiava.

Seduziu-me a lua enorme na linha do horizonte...

Refiz-me em meus passos trôpegos.

Minha narrativa

Ah, essa viração da tarde,

enchendo o ar de doces murmúrios,

nesse tempo transparente, seco e sussurrante!

Faz-me pensar, enquanto o vento da noite se assoma.

Obscuras, difusas, entrecortadas pausas e reticências,

se confundem em minhas lembranças e meu cansaço.

Ondeando por aí esses mares e essas brisas,

levam meus sonhos e essa vaga tristeza obscura.

Dei-me por mim, cantando os amores de todos os versos,

enquanto a lua baldeava, com sua luz misteriosa,

os tristonhos murmúrios da mata e esse meu descaminho.

Imprudente teimava em pensar nas nossas imprudências.

Anoiteceu lentamente trazendo vagas reminiscências.

Aqui nesse silêncio hostil, construía meus versos,

Em um lugarejo triste essa paz aparente, me angustiava.

Seduziu-me a lua enorme na linha do horizonte...

Refiz-me em meus passos trôpegos.

Errei por caminhos tortuosos e por longo tempo,

buscando na sua voz macia e no farfalhar das árvores,

palavras doces sugerindo-me jogos íntimos, entre audácias...