Pelas frestas

Tempo, outros tempos

deixa entrar águas lentas

pelas frestas, noutras brechas

Festa há de ser a vida, perene momento

desenha fogo no ventre

e coloca as mãos pra amornar

assim, até que esquente dentro, alma à espera

.

Abre as janelas, deixa ventar até embora for

tudo que não quer morar

abençoa e solta

que se vá!

.

Na terra, aterra macio

unhas dos pés pintadas de verde

cor de folha, a desflorar quando tempo

e sinaliza porvir, que fique e permaneça

o que é colo, sem imbróglio e alarde

em tempo...

outro tempo a rabiscar a pele

que venha!