Pluma e cimento

Uma amostra do meu amor

arranquei meu coração

Uma amostra da minha dor

Lhe escrevi essa canção

Me expus, me indispus

cada dia uma nova palavra

Vi falso ouro que reluz

Falsa trilha que eu caminhava

Horizontes do desejo

me trouxeram medo, fogo da carne

Realizado no seu beijo

Armadilhas são seus beijos, perfume e seu charme

Vi um pássaro azul, do amor ele cantou

Tu e eu e eu e tu, Gosto amargo ele deixou

Vou fugir dessa cidade, Vou pra roça quero paz

Ruim mentir com minha idade, do seu caos eu quero mais

Língua fala, canta e chora, Também me faz revirar

Sua flor sequei o pólen, de amor fiz desmaiar

Queria um pouco mais

um tanto que eu queria

Mas de todo bem que faz

Lembrei do mal que fazia

Segui os ventos, minha demanda era te ter só um pouquinho

Sigo tenso, sem ciranda, bom te amar devagarinho

Segue sansara da vida, não sara ferida se tempo faltar

Só o tempo não faz milagre, ele é rei mas tu tem que ajudar

o fruto da flor esquecida, sabor da mordida perdida lá atrás

Somos frutos dessa nossa vida, queremos o doce sem nada amargar

Trago esses versos que alguém me fez

Me sussurrou, pela rosa dos ventos

Não tenha medo, a todo momento

Há dores que vem pra poupar sofrimentos

Canto chorado, de canto o sorriso

Fui abençoado com novos lamentos

Abençoado com os teus carinhos

Leve e pesado, como pluma e cimento