Noturna

Adentrei à noite obscura,

Crendo em uma presença que habita as sombras das ruas.

Senti a brisa abafada de uma viernes sem Lua,

Em um ato eremítico de perquirir sem rumo certo.

Notei meus pés fluírem como o líquido embraseante na taça,

Ao entregar-me ao ritimo que fazia aqueles corpos dançarem.

Estimei abrigar-me nos braços daquilo que tanto amava,

Buscando resguardo na solidão libertária que me banhava.

E no fim,

Voltei para você,

Marcada pelo ósculo da noite.

Rafaela de Carlo
Enviado por Rafaela de Carlo em 18/12/2024
Reeditado em 18/12/2024
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