Amor porque amor
Amar, eu amei enquanto pude,
Com o coração entregue, desnudo.
Mas o desprezo, frio e amargo,
Veio como vento, cruel e abrupto.
No abandono, perdi meu chão,
Um eco vazio na imensidão.
Sem ação, sem rumo, sem coragem,
A vida virou uma pálida miragem.
Mas no silêncio, algo brotou,
Uma força oculta me resgatou.
Pois quem ama, mesmo na dor,
Descobre em si próprio um novo valor.
Agora renasço, inteiro e forte,
Deixo o passado ao sabor da sorte.
E mesmo que a sombra me visite,
Minha alma insiste, persiste e vive.