O Cavaleiro Desconhecido

Na névoa espessa da estrada sem fim,

Surge um vulto, sombrio e distante,

Montado em silêncio, tão perto de mim,

Um cavaleiro de olhar intrigante.

Seu rosto se esconde sob o capuz,

Mas seus olhos brilham como clarão,

Cortando a sombra, rompendo a luz,

Como estrelas perdidas em meio ao chão.

Traz nos gestos um toque encantado,

Um mistério que prende, me faz estremecer,

Seu silêncio é um grito, é um chamado,

Que a alma implora por querer entender.

Quem és tu, viajante sem nome?

Herói ou vilão do meu coração?

Teu olhar queima, teu silêncio consome,

Como uma dança entre fogo e escuridão.

Ele parou, estendeu sua mão,

E o tempo calou no compasso sombrio,

Um frio tomou-me, fiz-me canção,

Entre o medo e o doce arrepio.

O cavaleiro partiu sem deixar despedida,

Como um sonho que nasce e precisa morrer,

Levando consigo uma parte da vida,

E um amor que talvez eu nem possa viver.

Lucileide Flausino Barbosa
Enviado por Lucileide Flausino Barbosa em 17/12/2024
Código do texto: T8221222
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