O Cavaleiro Desconhecido
Na névoa espessa da estrada sem fim,
Surge um vulto, sombrio e distante,
Montado em silêncio, tão perto de mim,
Um cavaleiro de olhar intrigante.
Seu rosto se esconde sob o capuz,
Mas seus olhos brilham como clarão,
Cortando a sombra, rompendo a luz,
Como estrelas perdidas em meio ao chão.
Traz nos gestos um toque encantado,
Um mistério que prende, me faz estremecer,
Seu silêncio é um grito, é um chamado,
Que a alma implora por querer entender.
Quem és tu, viajante sem nome?
Herói ou vilão do meu coração?
Teu olhar queima, teu silêncio consome,
Como uma dança entre fogo e escuridão.
Ele parou, estendeu sua mão,
E o tempo calou no compasso sombrio,
Um frio tomou-me, fiz-me canção,
Entre o medo e o doce arrepio.
O cavaleiro partiu sem deixar despedida,
Como um sonho que nasce e precisa morrer,
Levando consigo uma parte da vida,
E um amor que talvez eu nem possa viver.