Os Covardes Não Amam

Os covardes não amam, não sabem se dar,

Pois o amor exige coragem sem fim,

É despir-se da alma, é se entregar,

É plantar no outro um jardim.

Amar é saltar sem ver onde cai,

É confiar no vento que guia a razão,

Quem teme a dor, jamais se distrai,

Prefere o vazio à paixão.

Covardes fogem do olhar sincero,

Do toque que arde, do peito que chama,

E se escondem no medo, em gesto severo,

Pois sabem que amar é quem mais se inflama.

Quem ama se expõe, chora e renasce,

Carrega o outro sem peso, sem queixa,

Os covardes, porém, no tempo se desfazem,

Por medo de amar, vivem vidas desfeitas.

Amar é ser forte, é aceitar o perigo,

É morrer um pouco para reviver,

Covardes não amam, vivem no abrigo

De um coração que não sabe bater.

Lucileide Flausino Barbosa
Enviado por Lucileide Flausino Barbosa em 17/12/2024
Código do texto: T8221221
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