Mando-te
Mando-te flores, viçosas flores...
Perdoa-me se ao atavio
Engasto as muitas dores,
Precisava também te dar
O então vazio...
Que tenho em flores,
Quando a alma sem ti está.
Mando-te também bombons, recheados
Perdoa-me pelo bojo
Os laços estão manchados
Mas os coloquei...
São as lágrimas...
Das quais fiz estojo
E te enviei
Em cores carregadas.
Mando-te em breve, uns versos
De miúdas linhas, borriscadas
A quem lê, talvez incertos
Mas denotam e Tu o sabes...
O Amor em linhas marcadas,
Um eu desventuroso...
De ti, de amor, de saudades...