Nos Braços do Tempo
Nos teus olhos, vejo o mar,
Profundo, infinito, de mistério sereno,
Neles repouso, deixo-me afogar,
Sem medo, pois és meu destino pleno.
Teu sorriso, luz que rompe o escuro,
Como um sol que insiste em nascer,
É farol que ilumina meu futuro,
Razão que me faz, de novo, viver.
Nas tuas mãos, sinto o universo,
Cada toque, um verso escrito na pele,
É poesia que brota, doce e imerso,
No silêncio que a tua presença revele.
Teu abraço é casa, morada segura,
Onde os dias se tornam eternidade,
És o bálsamo que cura minha loucura,
És verdade, és sonho, és saudade.
E quando a noite em silêncio vier,
Sob as estrelas que o céu despeja,
Vou sussurrar, no canto de teu ser:
“És o amor que minha alma deseja.”
Pois amar-te não é apenas paixão,
É ser raiz e também ser asa,
É ser fogo que aquece o coração,
E ser brisa que a vida abraça.
Entrelaço meu ser à tua essência,
Numa dança onde o tempo não existe,
Que sejamos eternos, na mais pura presença,
Pois no teu amor, meu mundo persiste.
Então vem, e sejamos tudo e além,
No silêncio, no riso, na lágrima e no verso,
Que o nosso amor seja luz que mantém
A promessa de um "nós" no universo.