MOÇA DA JANELA
Ao passar numa velha rua,
Vi u uma moça na janela,
Numa intimidade sua,
Bem faceira que só ela.
Essa rua, na verdade,
Era mesmo uma ruela,
E tinha pouca idade,
Essa moça da janela.
Moça, não fique assim,
A olhar para o vazio,
Porque, se olha pra mim,
Eis que sinto um calafrio.
Essa moça da janela,
Parecia um turbilhão,
Com cores d’ uma aquarela,
Conquistou meu coração.
E a moça da janela,
Tão viva, entoou um canto,
Demonstrando como só ela,
Da vida, todo encanto.
Moça, não fique ao léu,
Ficar à janela te cansa,
Se tu és a Rapunzel,
Onde está a tua trança?