Silêncio ao amor

Um dia desses desliguei-me do mundo, desativei,

Em minha casa, o telefone fixo, o interfone,

O radiocomunicação, o televisor, o microcomputador

E o celular. Não queria ouvir nenhuma historinha,

Papo furado, recheada de mentiras para não me irritar

Em principio pareceu-me razoável essa atitude,

Estou inclusive, avaliando para saber se vale

À pena repeti-la, e, muito embora essa seja uma decisão

Pessoal, acredito que devo consultar os amigos

Mais próximos para certificar se estou certo ou errado.

Mas a eles posso adiantar que foi um dia tranqüilo

De reflexão, limpar gavetas e até conversar com Deus

O vento soprava calmo, apesar do verão, a temperatura

Era amena, o mar já não batia tanto contra as rochas, o tilintar

Das aves não me amargurava e o amor lentamente chegava.

Ao entardecer, o sol poente brilhava no horizonte, renovara-se

Meu pensar, flores eu colhia para o amor ofertar; peito aberto

Coração a dizer: vêm amigos, correndo me abraçar! Agora

Tudo está ligado, acabei de acordar do sonho que idealizei,

Agora quero saber se devo ou não esse ato voltar a praticar.

R J Cardoso
Enviado por R J Cardoso em 18/01/2008
Reeditado em 18/01/2008
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