Silêncio ao amor
Um dia desses desliguei-me do mundo, desativei,
Em minha casa, o telefone fixo, o interfone,
O radiocomunicação, o televisor, o microcomputador
E o celular. Não queria ouvir nenhuma historinha,
Papo furado, recheada de mentiras para não me irritar
Em principio pareceu-me razoável essa atitude,
Estou inclusive, avaliando para saber se vale
À pena repeti-la, e, muito embora essa seja uma decisão
Pessoal, acredito que devo consultar os amigos
Mais próximos para certificar se estou certo ou errado.
Mas a eles posso adiantar que foi um dia tranqüilo
De reflexão, limpar gavetas e até conversar com Deus
O vento soprava calmo, apesar do verão, a temperatura
Era amena, o mar já não batia tanto contra as rochas, o tilintar
Das aves não me amargurava e o amor lentamente chegava.
Ao entardecer, o sol poente brilhava no horizonte, renovara-se
Meu pensar, flores eu colhia para o amor ofertar; peito aberto
Coração a dizer: vêm amigos, correndo me abraçar! Agora
Tudo está ligado, acabei de acordar do sonho que idealizei,
Agora quero saber se devo ou não esse ato voltar a praticar.