Poetas da Madrugada

Na calma serena da noite vazia,

Os poetas acordam com versos na mão,

Buscando nas sombras a luz que irradia

O eco profundo de um coração.

São almas que vivem no tempo suspenso,

Tocando no escuro as cordas da vida,

Tecendo palavras em um ato intenso,

Transformando a dor em poesia sentida.

O relógio dorme, mas eles despertam,

Habitam o silêncio que tudo revela,

Enquanto as estrelas ao longe conversam,

Os poetas sonham em folha singela.

São guardiões do que não se explica,

Das lágrimas doces, do amor que se esconde,

Na madrugada, o verbo se aplica,

E a alma do mundo se faz mais responde.

Poetas da noite, da lua, do nada,

Carregam segredos que ninguém mais vê,

Na fria e eterna quietude calada,

Escrevem o tudo que não pode ser.

Lucileide Flausino Barbosa
Enviado por Lucileide Flausino Barbosa em 16/12/2024
Código do texto: T8220508
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