Perdoa-me
Perdoa-me.
Não confessei o meu amor,
Porque eu não o conhecia. Não sabia.
Foi preciso imaginar não mais lhe ver,
Para sentir meu coração se apertar desse jeito.
A cada segundo que fiquei lhe esperando,
Imaginando que você não viesse.
Em cada rosto que se aproximava que não era o seu,
Somaram agonias, angústias, desespero e isso,
Foi de tal forma revelador, que não tenho mais dúvidas...
Amo você!
Como ser indiferente a isso, como não entender?
Deixou de ser amizade há muito tempo. Deixou de ser costume.
Eu já reconheço o som do seu caminhar. Ele acelera meu coração.
Eu distingo a sua voz em meio à multidão.
Eu percebo o seu perfume, em meio a tantas outras flores.
Sei que esse amor, será eterno, porque ele não está formado no tempo.
Está gravado no espaço, no todo do universo, no livro da criação.
É assim que lá estará talhado, explicita e eternamente, de forma imutável.