LEMBRANÇA DE UM AMOR IMORTAL

No silêncio da noite, o vento sussurra,

E as estrelas, tão distantes, piscam, como se guardassem segredos.

O rio, que sempre corre, jamais esquece

Os passos de quem se foi, mas sempre traz

A lembrança de um amor imortal.

O sol, que se põe e se ergue,

Nunca pergunta por onde andas,

Mas aquece as margens do meu coração,

Onde teu nome ecoa, eterno,

Como o cantar das águas que jamais se aquietam.

A lua, solitária no céu,

Reflete em seu brilho prateado a dor da ausência,

E, ainda assim, sabe que somos parte de uma mesma essência—

Tu e eu, entrelaçados como o pólen e a flor,

Que se encontram e se perdem no vento,

Mas nunca deixam de florescer.

Oh, como o tempo é breve!

Os dias se vão como pétalas que caem,

E a terra, que nos cobre,

Em sua frieza, não entende

Que a alma, imortal, sente.

Mas a verdade que resta é esta:

Nos rios que correm sem fim,

Nos campos que se renovam após o inverno,

Nos raios de sol que voltam, mesmo depois da chuva,

Eu sei que, em algum lugar, te encontro.

Teus olhos são a luz da estrela distante,

Teus braços o abrigo da árvore que, mesmo sem folhas,

Ainda se ergue, forte,

Dizendo ao vento: "Nada acaba,

Tudo volta, tudo recomeça."

A dor é uma onda que se quebra,

Mas o amor, oh, o amor é o mar que nunca cessa.

Sezar Kosta
Enviado por Sezar Kosta em 12/12/2024
Código do texto: T8217899
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