LEMBRANÇA DE UM AMOR IMORTAL
No silêncio da noite, o vento sussurra,
E as estrelas, tão distantes, piscam, como se guardassem segredos.
O rio, que sempre corre, jamais esquece
Os passos de quem se foi, mas sempre traz
A lembrança de um amor imortal.
O sol, que se põe e se ergue,
Nunca pergunta por onde andas,
Mas aquece as margens do meu coração,
Onde teu nome ecoa, eterno,
Como o cantar das águas que jamais se aquietam.
A lua, solitária no céu,
Reflete em seu brilho prateado a dor da ausência,
E, ainda assim, sabe que somos parte de uma mesma essência—
Tu e eu, entrelaçados como o pólen e a flor,
Que se encontram e se perdem no vento,
Mas nunca deixam de florescer.
Oh, como o tempo é breve!
Os dias se vão como pétalas que caem,
E a terra, que nos cobre,
Em sua frieza, não entende
Que a alma, imortal, sente.
Mas a verdade que resta é esta:
Nos rios que correm sem fim,
Nos campos que se renovam após o inverno,
Nos raios de sol que voltam, mesmo depois da chuva,
Eu sei que, em algum lugar, te encontro.
Teus olhos são a luz da estrela distante,
Teus braços o abrigo da árvore que, mesmo sem folhas,
Ainda se ergue, forte,
Dizendo ao vento: "Nada acaba,
Tudo volta, tudo recomeça."
A dor é uma onda que se quebra,
Mas o amor, oh, o amor é o mar que nunca cessa.