QUE LOUCURA

Já não mais me permito sofrer

mesmo que lágrimas marejem dos meus olhos.

Já não mais me permito fugir

ainda que o mundo desabe...

Já não mais me permito esquecer,

nos ensejos fugazes,

os dúlcidos enlevos,

o ardor dos teus beijos...

Que loucura!

Loucura a insuflar a flama

do desejo ardente,

em arroubos sem fim.

Loucura, demência tão sã,

que converte sonhos em mil sabores,

vívidos prazeres...

Já não mais me permito lutar!

Deponho armas -defesas minhas-

em teus abraços.

E, na guarida do teu peito,

já me permito muito amar.

ANACLARA RIBEIRO
Enviado por ANACLARA RIBEIRO em 17/01/2008
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