QUE LOUCURA
Já não mais me permito sofrer
mesmo que lágrimas marejem dos meus olhos.
Já não mais me permito fugir
ainda que o mundo desabe...
Já não mais me permito esquecer,
nos ensejos fugazes,
os dúlcidos enlevos,
o ardor dos teus beijos...
Que loucura!
Loucura a insuflar a flama
do desejo ardente,
em arroubos sem fim.
Loucura, demência tão sã,
que converte sonhos em mil sabores,
vívidos prazeres...
Já não mais me permito lutar!
Deponho armas -defesas minhas-
em teus abraços.
E, na guarida do teu peito,
já me permito muito amar.