O POETA DE LANCASTER
Ah, tempo este que é atemporal,
Que sua eloquência, traz o essencial,
Que de toda poesia medieval, és,
A certeza de que poderia ser seu.
Quando teu rosto conclama à noite em claro,
Vejo-te, sendo levada para o noroeste inglês,
Do qual sua historicidade é-me a marca da guerra,
Quando trata-se de sua verdadeira dinastia.
Sim, anseio, e penso que sois a dama das rosas,
O símbolo de um reinado, onde este,
Em sua mais suntuosa Inglaterra,
Travaram uma batalha, por oposição,
A casa de Iorque, representada pela graça púrpura.
Oh, docilidade de tua pele,
Dos banhos teus, que talvez,
Quem sabe, ao senti-la descoberta,
Não venha-me ao teu sentido,
O encontro distorcido, da minha mudez.
A cidade no condado de Lancashire,
Cercada pelo Rio Lune, é a moradia,
A qual devo suplicar que tenhamos,
Mesmo em devaneios tolos?!
Teus lábios são portas centrais,
Para o Castelo de tantas epifanias,
Não sendo ao certo em que século,
Deu-se sua fundação, mas que traz para mim,
As nuances de que quero que disponhas.
Eis o Poeta de Lancaster!
Embevecido pelo desejo insano,
De escrever o que há de mais terno,
Como se pintasse num papel de missiva,
Tuas curvas, impregnada de bálsamo,
E diante disso, escutasse teu nome,
Ecoando da pena que dar-me-ia teu ósculo.
Poema n.3.119/ n.90 de 2024.