BEIRA MAR

Ela acordou lânguida

De uma noite de sono

E sonhos úmidos

Numa manhã de Sol nascente

No horizonte marinho

Avermelhando as águas salinas.

Caminhou de pés descalços

E os calçou nas areias da praia

Fazendo areias sandálias

Em intima comunhão

Despudorada paixão.

Sua lingerie esvoaçante

Pelo vento soprada

Envolvente desejante

De sentir as carnes macias nuas

E arrepiar os pelinhos da nuca.

Não um simples vento ventado

Sim uma aragem quente de agreste

Vento cabra da peste.

Ela se dá ao vento e ao mar

Sem receio sem se afrontar

Em profunda lascívia

Em paixão propicia

Como amantes fossem os três

Obsceno ménage à trois

Tendo o Sol por testemunha

Nas areias seu trottoir.

rub levy
Enviado por rub levy em 04/12/2024
Código do texto: T8211734
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