Fala no Silêncio

Fala no Silêncio

São minutos de tristezas ouvidos

Apenas a alma pode ouvir

Decifrar as palavras não ditas

Que tantas coisas que dizem

Sobre nós...

E você fala no silêncio do teu ser

Com os olhos fixados em mim

E os meus nos teus...

Ambos se traduzem na mesma língua

Uma linguagem universal que se afogam em lágrimas,

Não é só choro...

São palavras silenciadas por nós

Pra não magoar os machucados

Já existentes que nunca somem

Alma que ama tem a sorte de sofrer

Por se machucar pela narrativa nas batalhas sentimentais

Onde dizer ou não dizer ora mesmo só ser prisioneiro do silêncio de um algoz amado machuca mais que açoite do cordel da fúria com mil palavras rabiscadas no coração amado

Amor é uma dádiva, ser amado uma sorte, sofrer no amor és certeza pelas inconsequentes almas predadoras da razão!

Quem dera ter apenas a opção de amor é jamais razão!

Tantos machucados seriam evitados, tantas lágrimas jamais jorradas num mundo com tanto motivo pra chorar!

Eu nunca amei silêncio numa alma, dai-me à sorte da guerra de todas as suas palavras mesmo as mais sombrias e raivosas pra tocar-me com dor, pois delas saberei me curar com minhas lágrimas, o solvente universal da desolação

Quem sabe na privação do teu silêncio, meu coração possa ouvir pelo luzir dos teus olhos um eu te amo perdido em meio das confusões do teu coração.

Ricardo do Lago Matos

Ricardo Matos
Enviado por Ricardo Matos em 04/12/2024
Código do texto: T8211667
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