Passaredo
Voa alto passaredo, vendo as terras de ninguém.
Contam léguas, são felizes.
Nas penas de quem quer bem.
Passaredo das campinas, praças, templos, temporais.
Céus, abismos, calmaria, beija flores, meus florais.
E entoam como anjos, seres do norte, noturnos.
E enfeitam as florestas, morada de um deus, sol e luz.
Bem te vis, oh, passaredo, sabiá e vil pardal, façam coro na janela, no rancho de meu quintal.
João Francisco da Cruz