INDÔMITOS DESEJOS
Volta e meia ela abre a porta dos
meus *elísios pensamentos, e aquele
sorriso de mulher segura, toma
conta da minha emoção,
perpetuando-se, nas sendas dos
meus indômitos desejos.
É como se o tempo se curvasse,
diante da dança suave de seu olhar,
e cada passo seu, marcado em silêncio,
torna-se um suspiro no ar.
Os ventos que passam,
trazem ecos de sua presença,
como uma chama que nunca se apaga,
um fogo ardente, uma doce crença.
E nos labirintos da minha mente,
ela se insinua, como estrela distante,
iluminando os cantos mais escuros,
onde meus sonhos, tímidos, se fazem amantes.
Ah, se eu pudesse, em um gesto,
trazer à tona o que se esconde,
mas ela é mistério, é segredo,
um tesouro que meu coração responde.
E assim, eu sigo, entre o querer e o não poder,
sabendo que, no silêncio, ela é a minha verdade,
a musa que ressurge, sempre a me envolver,
neste enigma que se chama saudade... Saudade.