Orgulho que aprisiona
Em corações que se amam, um labirinto de dor,
Onde o orgulho tece uma muralha, tão alta e tão fria.
Em cada olhar, um oceano de saudade a rolar,
Mas a língua presa, presa ao orgulho que a domina.
Nos sonhos, um encontro, um abraço que acolhe,
Um reencontro de almas, que o destino aprisionou.
Mas a realidade, crua, os separa a cada gole,
E a solidão se instala, um peso que os consome.
Em cada canto, um eco da voz amada a soar,
Em cada brisa, um toque que a memória acende.
Mas o ego, como um fantasma, os impede de voar,
E o amor, aprisionado, em silêncio se rende.
Nos olhos, um pedido, um clamor por perdão,
Mas as palavras, tímidas, se perdem no ar.
A razão luta contra a emoção, em uma longa batalha,
E a saudade, como uma ferida, não cicatriza.
Em um encontro casual, os olhares se encontram,
E por um instante, o tempo para de existir.
Um sorriso, um gesto, a alma se reconhece,
Mas o orgulho, como um muro, os impede de seguir.
E assim, a vida segue, um eterno vai e vem,
Com o coração dividido entre o querer e o não querer.
O amor, aprisionado em um labirinto sem fim,
E o orgulho, como um carrasco, a felicidade a deter.