O PERFUME DA DAMA
Teu sorriso brilha mais que o sol,
Este que por si se sobressai nos lençóis,
Deixando sua marca tão visível a mim,
Como seu surgimento em dias nublados.
Penso que seus beijos um dia irão ficar…
E desvirtuar-me-á até mesmo durante um jantar!
Como se nossos olhares começarem a se entregar,
E o perfume da Dama da noite viesse a inebriar o lugar.
Num suspiro frenético,
Quando vieres eu posso chamar…
Pelo nome ou algo que me dirás!
Tuas revelações eu vou guardar,
Pois nesse dia, será inevitável,
O pecado e o prazer a nos tocar.
De repente a carruagem translúcida,
Poderá até mesmo nos buscar e,
E eu a poesia, juntamente com a escrita,
Iremos nos manifestar a ti, e tu irás,
Dizer-me que sois inteiramente minha.
São duas substâncias a se comunicarem,
No silêncio de qualquer tempo em que ficarmos.
No entanto, sei que tudo poderá passar…
E menos de uma hora, terás que se ausentar.
Teus cabelos poderão estar,
Comigo, num fio, colado ao travesseiro,
Enquanto vejo-te despedindo,
Sem palavras a entoar.
Nisso, vou acabando de perguntar-me:
Quando, realmente, voltarás para me abraçar?!
A verdade é-me doida demais,
Porque tenho certeza que distante estarás,
E em todas as portas cerradas, abertas, não terei mais…
A presença sua a libertar minha loucura, da falta que farás-me.
Poema n.3.114/ n.85 de 2024.