O PERFUME DA DAMA

Teu sorriso brilha mais que o sol,

Este que por si se sobressai nos lençóis,

Deixando sua marca tão visível a mim,

Como seu surgimento em dias nublados.

Penso que seus beijos um dia irão ficar…

E desvirtuar-me-á até mesmo durante um jantar!

Como se nossos olhares começarem a se entregar,

E o perfume da Dama da noite viesse a inebriar o lugar.

Num suspiro frenético,

Quando vieres eu posso chamar…

Pelo nome ou algo que me dirás!

Tuas revelações eu vou guardar,

Pois nesse dia, será inevitável,

O pecado e o prazer a nos tocar.

De repente a carruagem translúcida,

Poderá até mesmo nos buscar e,

E eu a poesia, juntamente com a escrita,

Iremos nos manifestar a ti, e tu irás,

Dizer-me que sois inteiramente minha.

São duas substâncias a se comunicarem,

No silêncio de qualquer tempo em que ficarmos.

No entanto, sei que tudo poderá passar…

E menos de uma hora, terás que se ausentar.

Teus cabelos poderão estar,

Comigo, num fio, colado ao travesseiro,

Enquanto vejo-te despedindo,

Sem palavras a entoar.

Nisso, vou acabando de perguntar-me:

Quando, realmente, voltarás para me abraçar?!

A verdade é-me doida demais,

Porque tenho certeza que distante estarás,

E em todas as portas cerradas, abertas, não terei mais…

A presença sua a libertar minha loucura, da falta que farás-me.

Poema n.3.114/ n.85 de 2024.

Ricardo Oliveira (Poeta e Escritor)
Enviado por Ricardo Oliveira (Poeta e Escritor) em 25/11/2024
Código do texto: T8205020
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