Em Seu Silêncio... me silencio!
Em Seu Silêncio... me silencio!
Dentre os dias anotados na parede de um castelo,
Marca-se, naquele dia, um coração – um paralelo:
Da felicidade e o fascínio - do encontro e a magia.
Na tímida face, e aparência... olhar: um ser angelical,
De cuja força, e empatia, brilha a luz celestial;
Refletindo, no meu peito, novo ritmo e alegria.
Entrelaços e abraços, alma gêmea: Nárnia à vista,
Sabe a mel e bons beijinhos, essa química realista.
Sabor de vida, sabor do beijo – voo alto, às estrelas,
Pinta-Silva e Rodrigueira, entre ninho e bom prazer,
No jogo de cartas da vida, sem azar; e bom lazer.
Em revoada na selva, algazarra, rodopio em ciruelas.
A brisa que traz o aroma dos ipês, do alecrim...
Se enfurece e se faz mágoa, e duela contra mim.
De tal sorte, de tal sina – me disperso, incontinenti,
E no farfalhar das folhas – enumeradas – pelo chão,
Mexericos, malfeitores me distraem - à contramão.
E, à espreita da amada, que vai longe - resiliente.
Passa o tempo, passa a hora - muda o jogo: alvorada!
O domínio do Valete, cai por terra - malograda,
E as algemas da Rainha: o degredo, ou fingimento.
No abstrato silêncio – maldade! Que revolvia tal alma,
Surge o grito, vai o pranto; e em sorriso, e doce calma:
Voa aos braços do Amado e - adeus ao seu tormento.
Vicente Coelho
Cacoal-RO Em 24 de Novembro de 2024.