Sete anos, e a cidade dormia,
mas nós nunca.
Cada rua guardava um riso,
um beijo, um adeus.
O caos do que fomos
ainda ecoava no silêncio.
Sete anos, e o tempo mentia.
Não apagou teus traços
nos espelhos das esquinas,
não levou o perfume
das noites que nos viram nus.
Sete anos, e o desejo vivia,
frágil, mas intenso,
como o fio que nos unia
mesmo a quilômetros de distância.
Agora, estamos aqui.
A cidade, testemunha teimosa,
nos desafia a recomeçar.
Tenho medo do teu toque,
do meu reflexo nos teus olhos,
mas não fujo.
Sete anos, e uma cidade,
o palco onde tudo nasceu,
espera o próximo ato.
E eu espero por você.