Sete anos, e a cidade dormia,

mas nós nunca.

Cada rua guardava um riso,

um beijo, um adeus.

O caos do que fomos

ainda ecoava no silêncio.

 

Sete anos, e o tempo mentia.

Não apagou teus traços

nos espelhos das esquinas,

não levou o perfume

das noites que nos viram nus.

 

Sete anos, e o desejo vivia,

frágil, mas intenso,

como o fio que nos unia

mesmo a quilômetros de distância.

 

Agora, estamos aqui.

A cidade, testemunha teimosa,

nos desafia a recomeçar.

Tenho medo do teu toque,

do meu reflexo nos teus olhos,

mas não fujo.

 

Sete anos, e uma cidade,

o palco onde tudo nasceu,

espera o próximo ato.

E eu espero por você.

 

 

Monet Carmo
Enviado por Monet Carmo em 24/11/2024
Reeditado em 24/11/2024
Código do texto: T8204603
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