o mundo para dois
a dualidade é o princípio da criação
olhando para duas cadeiras na praia,
eu me lembro que tudo se divide
e se complementa
dia e noite,
luz e sombra,
caminho e destino,
sorriso e lágrima,
mal e bem
talvez o mundo tenha sido criado para dois
como a lua e o sol
que se buscam no horizonte
em um ciclo eterno de luz e sombra
mostrando que há união apesar da diferença.
talvez o mundo tenha sido criado para dois
como a terra e a água,
que, embora distintas,
não podem existir sem a outra
moldando o contorno da vida
e dando forma ao que é vasto e profundo.
talvez o mundo tenha sido criado para dois
como o elétron e o próton,
em constante atração e repulsão,
sempre em movimento,
sempre criando equilíbrio
no coração da matéria.
talvez o mundo tenha sido criado para dois
como a mente e o corpo,
dois lados da mesma moeda,
um só reflete o outro,
construindo a nossa percepção,
unindo pensamento e ação
em uma dança silenciosa de existência.
talvez o mundo tenha sido criado para dois
como o bem e o mal,
dois opostos que coexistem
em um equilíbrio tênue,
onde um não existe sem o outro,
ensinando-nos sobre limites
e o valor da escolha.
quem somos se não a soma de dois?
quem entende a beleza da união
entende que a vida é feita
de encontros e despedidas,
aproximações e distâncias.
e que o amor,
seja ele qual for,
é um dueto perfeito
em que duas almas se reconhecem
e decidem viver em harmonia
através da união.