Essa conta não bate
Sabe-se que eu não gosto de matemática,
Qual corvo gosta? É uma verdade fática,
Existe uma conta que não bate,
Calculei certo e a resposta não se sabe.
Sou 1 número inteiro, que foi fracionado,
Pensei ter me envolvido com o divino sete,
Mas foi com o 666 disfarçado,
Ouve-se de longe o seu falsete.
Seria este a resposta para o falso profeta,
Ou eu seria um péssimo matemático e poeta,
Tal número divino, me fez fração,
Mesmo pedindo resposta na minha oração.
Tirando estatística e probabilidade,
Viajei 974,20 quilômetros de chão,
Encontrei ½ de visitar um amigo de verdade,
Fui atrás de amizade, achei paixão.
Não rezei 1/3, mas pedi a Deus um sinal,
Éramos duas frações que tentaram um inteiro,
Antes dos 15 copos de caipirinha,
Achei uma metade, meu parceiro.
As vezes nos dividimos,
Separados em cada 4º,
Nós nunca nos subtraímos,
Mesmo jogando os decibéis lá no alto.
As vezes somamos 1+1=2,
As vezes uma equação de discussão, ora pois,
As vezes o plural de decimal,
As vezes é uma frase com ponto final.
Mas a conta nunca bate, 1+1=1,
É uma equação bem incomum,
Às vezes, 1+1=0,
Brigamos por 1kg de pena e 1kg de ferro.
Só que quando a conta der 0,
A gente para, desemburra, espero,
Faz quantas vezes necessário,
Para a ser um fracionamento temporário.
Não há nesse cálculo, amor negativo,
Nem temperatura congelante,
Há 1 curativo,
De 1 amor constante.
Somos a soma de uns,
Que nos fazem 100 igual,
Imaginaria 1000 formas de sair dos comuns,
De ver 1+1 em um pedestal.
Dizem que a resposta para esse amor é um mito,
Digo que é um número infinito,
De dias que quero ao seu lado,
De vidas sendo o seu amado.
Mesmo nas brigas, a gente não se divide,
Somamos nosso amor pra mais de 8 mil,
Se todas as vezes que eu te amei acrescessem vezes mil,
PQP.
Talvez essa conta não bata,
Mas tentar resolver não mata,
Dói a cabeça, traz frustração,
Guardo todas as vezes que te amo no meu coração.