MONÓLOGO
Chuviscos intermitentes choram na minha vidraça
Lá fora uma tarde tênue e sem graça,
Molham minhas nostalgias
Coisas que nem magias,
Aquece minhas saudades.
Sua foto sobre o piano
Me reporta à momentos,
Que não se cura com folhas de Unguento.
Repousa ainda em meus pensamentos,
Seu mordiscar úmidos e intensos,
Em nossos prazeres a cada momento.
Seus lábios cárneos a me percorrer,
No mais íntimo do meu ser.
Seus toques de mãos,como luvas,
Eu,totalmente embriagado com sua vulva,
Ainda a sinto ,neste instante, agora,
Que não seja mais um algo de outrora.
Os chuviscos lá fora permanece,
E você, em minhas preces,
Que volte logo,
Não quero ser somente um monólogo.