ELEVAÇÃO



“Alguém, amarrado  a este grandioso tronco,

nem pode contar a surda história a seus pés entrelaçada

nem ousa pedir a flor, a estrela, o vento, o pássaro,

a luz derramada no alto, e guarda na sombra a cabeça melancólica,

de olhos vertiginosos, mas de imobilizado lábio”

 

                                              - Cecília Meireles



 

Mas dentro da noite,

as flores se abrem

como frágeis mãos,

porque eternas.

E há um cantar sobre humano

pelo bosque que se forma

da própria vida que aflora

sem tempo, sem normas.

Lirismo, silêncio...

Devoção.

À esse bem mais vivo,

oferenda do eu superior

para que os próprios ventos possam,

do chão,
levantar o amor! 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Lúcia Constantino
Enviado por Lúcia Constantino em 16/01/2008
Reeditado em 03/06/2011
Código do texto: T820279
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