Asas Cortadas


Deitado em meu sono
Um anjo de asas cortadas
Inseguro e nada maduro
Solta-se leve a ventura.

Plana o corpo no amor
Explora a boca voeja o cantor
Afoga-se nesse ar continente
Teus e meus braços cedentes.

Almas se doam ao torno de si
Faz-se calor, deliram, sorri
E por instantes calmamente
Entregam-se à noite silente.

Voláteis ao sonho de amar
Sono lento, doces momentos
Sobrevoam traços e acalantos
Fluidos dos nossos abraços.



15/01/08