A QUE ME ESPREITA ENTRE AS ÁRVORES

Lá vem ela a me espreitar entre as árvores

Graça e elegância tem os seus, abençoada beleza

Traços finos e delicados, misteriosos seres

Sorrateiros e ágeis, sortudo homem que os veja

Albina Milky, indefesa e azarada!

Por que tão branca se onde você vive

Isso é sentença de morte, de fácil emboscada?

Anjo da floresta, tão lindo declive:

A beleza albina que nos impressiona

Também expõe seu frágil corpo

Sorte ou condenação? Ao fim te direciona!

Trágico belo, pois eu me importo!

Antes de ser vítima eu te escondo

Debaixo da minha asa não há predadores

Te livro de todo o mau desse mundo

Te dou uma realidade sem tantas dores

Viva e corra sem medo, só eu te vejo!

Albina Milky, a minha pequena veada

Seus olhos azuis são como um lampejo

E seu corpo branco é como a geada

Tão linda que parece ornamental, poesia ínfima

Dama dos cervídeos, da bela família cervidae

Você foi esculpida para ser peça finíssima

Tão rara... Você existe? Há quem duvide!

(Poema sobre um sonho que tive, que adotei uma veada albina)

Natalia L A
Enviado por Natalia L A em 21/11/2024
Reeditado em 21/11/2024
Código do texto: T8201934
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