A QUE ME ESPREITA ENTRE AS ÁRVORES
Lá vem ela a me espreitar entre as árvores
Graça e elegância tem os seus, abençoada beleza
Traços finos e delicados, misteriosos seres
Sorrateiros e ágeis, sortudo homem que os veja
Albina Milky, indefesa e azarada!
Por que tão branca se onde você vive
Isso é sentença de morte, de fácil emboscada?
Anjo da floresta, tão lindo declive:
A beleza albina que nos impressiona
Também expõe seu frágil corpo
Sorte ou condenação? Ao fim te direciona!
Trágico belo, pois eu me importo!
Antes de ser vítima eu te escondo
Debaixo da minha asa não há predadores
Te livro de todo o mau desse mundo
Te dou uma realidade sem tantas dores
Viva e corra sem medo, só eu te vejo!
Albina Milky, a minha pequena veada
Seus olhos azuis são como um lampejo
E seu corpo branco é como a geada
Tão linda que parece ornamental, poesia ínfima
Dama dos cervídeos, da bela família cervidae
Você foi esculpida para ser peça finíssima
Tão rara... Você existe? Há quem duvide!
(Poema sobre um sonho que tive, que adotei uma veada albina)