Nó na garganta
ela lembrou-se da terceira via
sempre preferiu fugir
a realidade sempre a destruiu
destituída de si, observava sem captar
caminhava assim, paralelo à vida
.
No sonho, é possível acordar
-em seus devaneios, pensava-
recordar, sabendo-se irreal
contraditória, exigia a verdade
em verdade, odiava ouvi-la
preferia, acordada, viver à revelia de si
.
Vivia a tecer aos cantos
doce ao amor recíproco
selvagem ao amor insano
em sua teia, engolia faminta, desejosa
entre vidas, alma cambaleante
tece o tempo à deriva das horas
.
ela é assim
entre mundos
assim descobriu-se inteira