SE É PARA SER NORMAL
Se é para ser normal
me deixe desaparecer
num banco de praça
O que cabe fora da cumplicidade
fique na escada entre lembranças
Encontrar no sonho o amor
tendo na companhia distância
é desventura de quem tapa
o olhar da Alma
Caminhos feitos de lobos e pedras
escolho deitar entre feras
acostumado aos conflitos do mundo
Espinhos guardam meu sangue
a flor queimou meu coração defunto
se um dia cantei delirante
a lua gotejou o desejo profundo